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Postado em 24 de Maio de 2016 às 14h43

O papel do pai no cuidado com o bebê

Tanta coisa foi dita sobre os cuidados da mãe com o bebê, que poderíamos imaginar que o papel do pai, no começo da vida de seu filho, é desprezível.
Muitas vezes o papel do pai é mais indireto do que o da mãe e assim fica até ignorado. Este é um dos erros evidentes do nosso sistema moderno de cuidado infantil. A falta do relacionamento com o pai no inicio da vida (e ao longo dela) pode deixar um espaço dolorido nos sentimentos da criança.
A criança começa a acostumar-se com a presença da mãe, seu cheiro, seus cuidados. E é importante que tenha também este contato com o pai, sua pele, seu cheiro e novas contexturas começam a causar impressão na criança. Com o correr do tempo, esse primeiro contato masculino toma forma e atinge um novo significado.
Um espaço pela manhã e à noite contribui bastante, para o bem-estar da criança e diminui, consideravelmente, a possibilidade de uma ligação extremada com a mãe. A ligação demasiadamente forte com a mãe é algo que pode trazer muitos problemas para a criança e a mãe em idades posteriores. Por isso, mais uma vez, a imensa necessidade da figura do pai.
Geralmente é um momento na vida do casal onde os cônjuges se separam um pouco a fim de dar conta de atender a criança. Mesmo que nossa cultura e educação nos digam que criar e educar é “coisa de mãe”, isso não é verdade, nem hoje nem nunca foi. Em tempos passados a mulher não trabalhava fora de casa, então ficava com ela a tarefa de educar, enquanto o pai apenas “trazia dinheiro para o sustento”, sem se envolver com a educação e problemas com as crianças.
Hoje a mulher trabalha fora e sua participação na economia da casa e tão importante quanto a do marido, na maioria das vezes. Assim, é importante a inclusão do pai na educação do bebê e da criança, também como forma de não se afastar demasiadamente da esposa, que agora também é mãe, e mesmo envolvida com a criança, precisa de auxílio para a educação e cuidados.
Dois relacionamentos pessoais estão se desenvolvendo e ambos são bons; e para os pais, isso traz uma nova fase de maturidade ao casamento. È um empreendimento compartilhado de capacidade criadora, uma nova aventura que é benéfica e contribui para o seu próprio crescimento emocional.
Atualmente o homem médio, profissional ou de negócios, a menos que se detenha bem no assunto, normalmente, terá muito pouco tempo para dedicar a seu bebê. Entretanto, se lhe for possível arranjar um período diário em que ele possa observar e cuidar de seu filho, esta é a situação ideal para ambos e contribui de maneira sutil e importante para o sentimento de segurança da criança. Dá ao homem a experiência vital com a fase inicial da vida.
Hoje em dia já está se tornando comum a instrução para os futuros pais, com demonstrações práticas de cuidados infantis. Isso é importante para que o pai possa tornar-se mais presente e participativo, além de auxiliar a mãe.
Quando há desajustes sérios e persistentes entre os pais, a estabilidade psicológica da criança é ameaçada e seu desenvolvimento não prossegue facilmente. Quanto mais novo é o bebê, mais é afetado desde o inicio. Não importa o quanto saibam ambos os pais de psicologia infantil e quão intensamente desejem e pretendam dar a seu bebê um bom começo na vida: as tensões no relacionamento podem ser percebidas pela criança.
O recurso mais importante para o bebê, ao iniciar a vida, é pai e mãe emocionalmente saudáveis. Sua necessidade mais profunda consiste na compreensão e cuidado de seus pais. Devemos reconhecer as perigosas implicações, para a criancinha, da infelicidade e instabilidade emocional; e compreender que a perturbação emocional dos pais é tão infecciosa para um bebê quanto alguma doença como a tuberculose, por exemplo.
Aqueles pais que estão revoltados ao lado de um bebê na fase inicial do desenvolvimento impedem que ele amadureça exatamente as qualidades de inteligência, autoconfiança, etc. Para serem pais valiosos de um bebê feliz, que escala seu caminho para o alto como qualquer ser vivo, terão de estar atentos a sua própria felicidade e bem estar para propiciar ao bebê segurança, tranqüilidade, equilíbrio e amor.


Por Ieda Dreger. 

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