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Postado em 24 de Maio de 2016 às 16h47

Cuidar e educar seu filho sem o apoio do pai é difícil, mas você não está sozinha!

Depois de dar à luz uma criança, as mães sempre ficam muito sensíveis e emocionalmente frágeis, pois precisam aprender a lidar e a cuidar de um ser muito pequeno, com quem criarão laços afetivos muito fortes pelo resto da vida. A situação piora consideravelmente quando elas são mães solteiras ou enfrentam uma separação antes ou logo após a chegada do nenê. E, cá entre nós, dar conta de uma criança, tocar a carreira e ainda ter tempo para cuidar de si mesma, sem o apoio e a presença do pai, não é nada fácil. Como elas arrumam forças e se equilibram emocionalmente para enfrentar o problema? Será que a criança criada só pela mãe pode ter problemas de relacionamento? Como fica a vida pessoal quando a prioridade é sustentar o filho e comandar a sua educação?
Carolina, 27 anos, produtora de eventos, sabe bem como é difícil organizar a vida diante da ausência do pai. Mãe de Alice, de 8 anos, e Francisco, de 4, ela se separou do marido após o caçula completar seis meses. "Foi bem difícil no começo. Eu tinha de impor limites, organizar a rotina deles. Ao mesmo tempo, é complicado você se descobrir solteira. Tudo isso junto faz com que você tenha de encontrar uma identidade. Mães costumam ser um poço de culpa, e essa situação fez a minha triplicar", conta. Para superar as dificuldades, Carolina foi atrás de uma rede de apoio. "Minha família é muito importante. Meu pai me ajudou financeiramente, minha mãe dorme na minha casa quando quero sair e ainda tenho uma pessoa que me ajuda durante os dias da semana, pois preciso trabalhar ainda mais para segurar a onda sozinha", afirma ela.
A força feminina num momento como este vem do instinto de proteção, por saber que o bebê depende dela para sobreviver. Toda mãe tem medo de não ser boa o suficiente para o seu filho, de não cuidar dele adequadamente e, na mãe solitária, estes medos são mais presentes do que nas mães que contam com um marido/provedor. Do ponto de vista psicológico, a mulher pode até estar em frangalhos, mas seu instinto não permite que ela deixe o filho à míngua: ela vê no cuidado da criança a força para seguir em frente, justamente por perceber que o filho depende dela para sobreviver. Claro que ela tem seus momentos de tristeza, mas supera-os ou pelo menos deixa-os de lado rapidamente por conta até da falta de tempo para pensar em suas mazelas. É como se, nesse momento, ela desse uma pausa em sua vida para cuidar do bebê.
A falta do pai não significa, é claro, que ele nunca vá dar bola para as crianças. Uns são mais presentes, outros nem tanto. Alguns pais, infelizmente, não assumem seu papel e ignoram a criança.
Antes de impor ao pai da criança a necessidade de estar presente, é necessário saber se ele está realmente disposto a conviver com o filho e a acompanhar seu crescimento e desenvolvimento. Se o pai não quiser participar, é melhor que permaneça distante e sem contato porque, ao estar com o filho, ele vai demonstrar a sua indiferença ou irritação por não querer estar ali, o que pode gerar problemas emocionais por conta do filho se sentir rejeitado pelo pai. Mas, se o pai quer participar, então deve manter uma constância no seu contato, encontrar-se com o filho pessoalmente sempre que possível, saber de sua vida e acompanhar o seu desenvolvimento. Nesse sentido, a relação da mãe com o pai deve ser, pelo menos, cordial, porque ex-casais que têm conflitos nem sempre conseguem separá-los dos cuidados com o filho e, muitas vezes, acabam até usando o filho como instrumento.
O problema, em geral, não está na ausência física do pai, mas na maneira como a mãe lida com esta ausência, o que pode ser fundamental na formação emocional da
criança. Mães que sentem a falta do homem com quem elas se relacionaram, que não aceitam o fato de estarem separadas dele e que atribuem à separação a maioria de seus problemas atuais podem colaborar para que seus filhos apresentem problemas.
Isso acontece porque eles terão na imagem do pai uma pessoa que faz sua mãe sofrer, o que pode gerar problemas de relacionamento com a figura masculina ou mesmo dificuldade de se relacionar com o pai no futuro.
Um bom relacionamento com ex é fundamental, mas nem todas as mulheres conseguem mantê-lo. Em suma, os filhos lidarão bem com a ausência do genitor se a mãe souber lidar com ela também. É importante notar que os filhos aprendem a lidar com a realidade através da mãe. Portanto, ela deve ter bem claro que uma coisa é a relação homem-mulher que terminou; outra, bem diferente, é a relação pai-filho, pai-mãe, que continuará pela vida afora. É muito comum ouvir mães relatarem que seus ex-companheiros são ótimos pais, embora tivessem sido péssimos parceiros. E cabe à mãe jamais denegrir a imagem do pai para seus filhos..
Ser mãe sozinha tem suas dores e delícias, mas na maioria das vezes é preciso força para manter os pés no chão e a auto-estima lá no alto. Se você está passando por isso, procure não se lamentar ou culpar ninguém, nem a si mesma, tampouco atribuir à falta do pai os seus problemas. Se a situação apertar, vale a pena buscar ajuda de familiares e amigos, que podem dar um suporte em momentos de dificuldade ou simplesmente cuidar da criança quando você tiver algum compromisso. Falando nisso, é fundamental ter tempo para si mesma! É importante ter amigos e uma vida social. Afinal, mais cedo ou mais tarde, o filho vai crescer e seguir seu caminho. O que será de uma mãe que anulou toda a vida por causa dele?

Por Ieda Dreger. 

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