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Postado em 24 de Maio de 2016 às 14h05

Será o fim do homem?

Ainda confuso diante das novas – e às vezes conflitantes – conquistas e solicitações femininas e sociais, o homem esforça-se para mudar, teme perder o lugar historicamente garantido MAS é capaz de acumula ganhos inegáveis à medida que lida melhor com seu lado emocional.

O homem lida muito bem com a necessidade de ganhar a qualquer custo e com o gosto pelo risco. A mulher tem mais habilidade na comunicação, versatilidade, capacidade de conciliação e por isso, uma maior facilidade com as relações afetivas.
Sem sombra de dúvidas esta união faria um time invencível. Mas nem sempre é assim. Existem variáveis em ambos os lados.
Assim como descobre um jeito de fazer menos força física e criar uma máquina, o homem também descobre o jeito de ter relações sexuais sem se envolver. Isso ele resolve facilmente – como ter uma vida sexual sem fazer força, a força que seria o envolvimento afetivo. Mas o domínio das relações afetivas foi abortado dele, do inconsciente. Ele tinha isso quando criança, com a mãe, com a família. Mas quando foi crescendo foi ouvindo: “homem não chora”. E quando foi a luta no campo de trabalho, mesmo com medo, não falou, se escondeu dentro de si mesmo. Não podia entrar em contato com o que sentia.
A mulher, por sua vez, teve todo o tempo para sentir, ser tímida, frágil, pedir ajuda, não querer se expor muito ao mundo, ficar em casa mais apegada à mãe. Assim, a mulher vai desenvolvendo a aoutopercepção do que sente em relação às pessoas e vai aprendendo a lidar com isso. E hoje, com a conquista da formação profissional e intelectual, sabe muito mais como as relações acontecem. Se articula mais, se não está bem com “x”, procura “y”, se está sozinha procura companhia dos amigos.
Já o homem não sabe lidar com isso. Busca múltiplas relações e se enfia rapidamente numa relação com o pânico de ficar sozinho. Acaba num beco sem saída. E fica lá porque é melhor estar num lugar em que tenha uma constância afetiva relativa, mesmo infeliz. São as nossas diferenças. Não estamos falando de certo e errado, estamos falando de diferenças de educação e cultura, e vale aqui lembrar que quem educa um homem (menino) ainda é uma mulher.
O homem se depara hoje com novas exigências da mulher. Antes ela tinha vida familiar somente ao redor dos filhos e a vida sexual somente com um homem. Hoje ela tem termos de comparação, além de conversar com amigas sobre o assunto. E? Reclamar com o marido quando não está gostando das coisas. É sim, a mulher não fica mais quieta aceitando tudo passivamente.
Por sua vez, à medida que o homem foi deixando de ser exclusivamente masculino, passou a prestar mais atenção aos filhos, à casa e aos sentimentos, este homem se assuntou e se amedrontou com sua fragilidade. Ficou perdido e por vezes, deprimido. Então a mulher também não tem mais em casa aquele homem forte o tempo todo. Muitas mulheres se ressentem disso. Dá pra entender?
A ascensão feminina continua abalando cada vez mais a autoestima dos homens porque a masculinidade se confirma pelo poder e pela vitória. Se as mulheres tomam a dianteira de tudo, eles não sabem o que fazer.
Homens e mulheres representam sempre vários papéis dentro de um relacionamento. Um homem deve ser para uma mulher um pouco pai, amante, sócio, aliado e um pouco filho. E a mulher deve ser o correspondente complementar a cada um desses papéis. Se o homem se fixa num só desses papéis ou se em vez de sócio se comporta como dono e, em vez de aliado, como comandante, e nem cogita ser um pouco filho, o desequilíbrio reproduz uma relação desigual.
Após a fase de dominação masculina e da antítese da rebeldia feminina, talvez estejamos nos encaminhando para a síntese. Um momento histórico para pesar os prós e contras das experiências passadas e escolher um caminho mais harmonioso. Quem sabe seja o fim da guerra dos sexos. Em conseqüência a mulher pode mostrar sua força e o homem pode mostrar sua sensibilidade (que não tira sua força), sua acessibilidade, ficar mais próximo da mulher, numa posição que não é acima nem à frente, é ao lado.



Por Ieda Dreger. 

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