CATEGORIAS

Aba 1

Postado em 23 de Maio de 2016 às 15h41

Você está sempre tentando modificar seu parceiro?

Você já tentou ou pelo menos desejou mudar algo em seu parceiro? Dar uma “arrumadinha” nele... deixá-lo mais romântico, ou deixá-la mais econômica, ou mais organizado(a)? Mais objetivo(a) ou mais sentimental?
Nos relacionamentos algumas vezes chegamos a crer que estaríamos mais felizes com pessoas que pensam da mesma forma que nós, ou que possuem as mesmas crenças e pontos de vista, e de certa forma, realmente seria mais fácil, pois com esse perfil as chances de você ser confrontado certamente seriam menores.
A grande questão é que os relacionamentos que mais nos estimulam a crescer e a repensar nosso forma de vida são aqueles travados com pessoas que se orientam por parâmetros diferentes dos nossos, pois é com elas que aprendemos a exercitar nosso conceito de respeito.
Respeito implica em receber e entender o outro a partir de sua perspectiva, de seu prisma, o que significa estar na mesma hierarquia, no mesmo patamar, sentir-se nem maior nem menor que o outro, apenas fazendo parte de uma relação simétrica e não complementar.
Desse ponto de vista, sempre teremos a acrescentar em nossa vida, à medida que possamos nos permitir entrar em contato com o genuíno que existe em cada um de nós.
Quando tentamos modificar o outro, sem respeitar suas particularidades, talvez estejamos buscando nos relacionar com nosso espelho, impondo nossas verdades e entendimentos de mundo, numa busca desesperada de evitar o medo do novo e do diferente. Para lidar com eles, temos que estar muito convictos de nossa identidade e de nossas certezas, e ao mesmo tempo dispostos a checá-las e consequentemente repensá-las.
Em contrapartida, muitas vezes queremos mudar no outro o que ele tem de nós; implicamos com a chatice do outro para não olharmos para a nossa, olhamos o mau do outro para evitarmos entrar em contato com o nosso mau interno, implicamos com sua desorganização para não lidar com nosso excesso de ordem que muitas vezes nos escraviza.
Nossas escolhas de vida são processos de amadurecimento e transformação pessoal. A maturidade emocional passa pela capacidade de fazer escolhas e lidar com suas conseqüências.
Aprender a apurar nosso foco de atenção, perceber nossas necessidades, desejos e dificuldades é o primeiro passo. Em decorrência desse processo ganhamos a capacidade de sermos assertivos em nossas atitudes e consequentemente fortalecemos nossa auto-estima, condição indispensável para lidar com nossas escolhas.
Sendo assim olhe para seu companheiro(a) não com os olhos críticos de quem procura defeitos a serem corrigidos, mas com os olhos de quem está pronto e aberto a conhecer outras formas de existir. Respeite-se e respeite o outro. Se não é possível viver com as diferenças do outro, não é possível ter uma relação com o outro. O que não dá é pra entrar numa relação, seja ela de amizade ou namoro pensando no que vai mudar no outro. Viva e deixe viver, e seja feliz.

Por Ieda Dreger. 

Veja também

Filhos tiranos ou pais despreparados?25/05/16 Até meados dos anos 60, as regras dentro de casa eram impostas aos jovens. Hoje, é bastante comum um acordo entre pais e filhos. Antes, os pais davam broncas, colocavam os filhos de castigo e cortavam regalias porque era assim que as coisas funcionavam e ponto final. Hoje, cada bronca precisa ser acompanhada de boas justificativas. Um dos motivos disto é que os jovens atuais são muito bem......
Reacendendo a chama sexual depois dos filhos24/05/16 Antes de nos tornarmos mães e pais, muitos de nós ouvimos longos discursos a respeito das alterações que ocorrem em nossas vidas depois do nascimento dos filhos. Mas como a teoria é muito diferente da prática, antes......

Voltar para (Blog)


Uso de Cookies

Nós utilizamos cookies com o objetivo de oferecer a melhor experiência no uso do nosso site. Ao continuar sua navegação, você concorda com os nossos Termos de Uso.