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Postado em 25 de Maio de 2016 às 08h47

Seu filho tem inveja do irmão ou coleguinha? Ajude-o

Se você suspeita que seu filho sente inveja de seus irmãos ou companheiros, é importante que vocês, juntos, possam encontrar uma solução para que a inveja não se transforme em problemas. Não deve, porém, obcecar-se por isso: a inveja é um sentimento natural. Se você dramatizar muito correrá o risco de aumentá-la.

CARINHO E PACIÊNCIA SÃO UMA BOA RECEITA
É importante atuar com carinho e paciência. Não castigue o filho nem lhe jogue na cara continuamente seu comportamento, pois com isso não conseguirá outra coisa a não ser confirmar-lhe que, efetivamente, tem razão quando pensa que lhe quer menos que aos demais. Não lhe chame "invejoso" e peça a seus irmãos que tampouco o façam.

Quando você estiver mais tranqüilo, converse com o filho sobre as conseqüências negativas da inveja: é um vício estéril que não lhe deixa ser feliz e destrói a auto-estima da pessoa, porque está sempre pensando que vele menos, sem pensar que também pode ser e fazer como o outro a quem tanto inveja. Ou seja, todos temos potenciais. Precisamos acreditar neles e desenvolve-los.

AUMENTE A AUTO-ESTIMA DE SEU FILHO
Procure aquelas coisas em que ele se destaca, elogie-lhe por seus pequenos triunfos e faça-lhe ver aos demais para que o reconheçam. Pouco a pouco faça-o entender as qualidades que tem, pois desta forma ele irá ganhando em segurança, e sua inveja irá diminuindo.

Também convém que examine seu próprio comportamento. Evite os favoritismos e comparações entre os irmãos. Cada um de seus filhos deve compreender com clareza que você lhes quer do mesmo modo que aos outros: ao que é tranqüilo, como ao que é revoltado, ao que tira boas notas com ao que não as tira, ao que é mais jovem, como o que tem algum defeito ...

Entretanto o tratar a todos do mesmo modo tampouco é uma boa solução: Alguns pais, acreditando assim evitar as invejas, quando compram um presente para o mais velho, por exemplo, por seu aniversário ou sua primeira comunhão, não são capazes de resistir às reclamações do filho pequeno: " E eu? O que você comprou para mim? ..." e lhe compram o mesmo ou alguma outra coisa em compensação. Com isso os pais não fazem outra coisa a não ser enviar a mensagem a seu filho de que "os ciúmes são rentáveis" com o qual o repetirão em situações similares.

Portanto, quando o filho recorre aos ciúmes chorando, protestando ou acusando-lhes de fazer diferenças, os pais não devem curvar-se e ceder a seus caprichos já que assim estariam premiando seus ciúmes.

Também, nas famílias numerosas os pais temos de tratar aos filhos "em rebanho" ou em bloco como se tivessem a mesma idade: a mesma hora de deitar-se, os mesmos programas de TV permitidos ... o que costuma provocar, com razão, os protestos irados dos maiores: "Por que com 12 anos devo ir para a cama à mesma hora que meu irmão de quatro anos? ..."

A solução não está em pretender igualar a todos seus filhos em todos os momentos, mas estabelecer claramente as diferenças entre eles e entre suas circunstâncias. Cada um de seus filhos tem sua própria personalidade e conforme a ela deve educar-lhe, atuando em muitas ocasiões de forma diferente a como o faz com seus irmãos.

CADA FILHO DEVE SER CONSIDERADO COMO ÚNICO
Os pais devem tentar descobrir as qualidades de cada um e elogiá-las separadamente. Procure não medir a todos os filhos com rigorosa igualdade e exija a cada um separadamente atendendo a sua personalidade e a suas circunstâncias.

Em alguns casos pode estar justificado que uma criança se sinta "preferida": depois de um trauma ou uma doença. Entretanto, em nenhum dos casos isso se deve converter em algo permanente. Um dia haverá que animar um filho, ao outro em outro dia ... O ideal seria que tivesse um turno e que cada um de seus filhos pudesse em um dado momento sentir-se o preferido.

Se seu filho sente inveja, dedique-lhe um tempo especial, apenas para ele. Seu filho necessita sentir-se especialmente querido. Procure dar a cada um essa pequena dose de carinho e de atenção personalizada. Você pode, por exemplo, reservar alguns minutos pela noite para conversar com ele a sós, ou levá-lo sozinho para fazer alguns afazeres externos, ou pedir-lhe que lhe ajude na cozinhar enquanto conversa. O importante é que, ao menos durante alguns minutos, se sinta querido como uma pessoa individual.

Tenha cuidado com o exemplo que lhe dá: veja se você é capaz de alegrar-se pelas coisas boas que acontecem com os demais. Desperte em seu filho a capacidade de admiração por outras pessoas, e por seus próprios irmãos, e ensine-lhe a procurar sempre os lados positivo dos demais.

Por Ieda Dreger. 

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